terça-feira, 31 de março de 2009

Revolta


Não me resta nada, sinto não ter forças para lutar
É como morrer de sede no meio do mar e afogar

Sinto-me isolada com tanta gente à minha volta

Vocês não ouvem o grito da minha revolta

Choro a rir, isto é mais forte do que pensei

Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei

Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta

É triste ser tão nova e já achar que a vida não presta
As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço
O vento sopra, ao espelho vejo o fracasso

O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado

Vagueio sem destino nem sei se estou acordada

O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha

Não sei se a alma existe mas sei que alguém feriu a minha

Às vezes penso se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz…

Chorei

Mas não sei se alguém me ouviu

E não sei se quem me viu

Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde

Vou ser forte e vou-me erguer

E ter coragem de querer

Não ceder, nem desistir eu prometo

Busquei
Nas palavras o conforto

Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde

Vou ser forte e vou-me erguer

E ter coragem de querer

Não ceder, nem desistir eu prometo

Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci

Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui

Se dependesse de mim teria ficado onde estava

Onde não pensava, não existia e não chorava

Sou prisioneira de mim própria, o meu pior inimigo

Às vezes penso que passo tempo demais comigo
Olho para os lados, não vejo ninguém para me ajudar

Um ombro para me apoiar, um sorriso para me animar

Quem sou eu?
Para onde vou?
De onde vim?

Alguém me diga porque me sinto assim
Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê

Sinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vê
Estou farta de mim, farta daquilo que sou, farta daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imenso

Pergunto-me se algum dia serei feliz

Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz…

Chorei

Mas não sei se alguém me ouviu

E não sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde

Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer

Não ceder, nem desistir eu prometo

Busquei

Nas palavras o conforto

Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a
Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer

Não ceder, nem desistir eu prometo!

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